sábado, 1 de maio de 2010

Confissões e manifestos destorcidos

Cordas eletrificadas
Estruturas abaladas
Mentes destorcidas
Paredes violentadas
Som da revolta
Sem regras
Sem horas
Sensação de estar
No inferno
Ninguém sabe
Ao certo.
E música destrói
Corrói, e reconstrói
Mói certas idéias
Preconceitos, histórias,
Mitos, odisséias
Se amontoam
Para serem fuzilados
Ou reciclados.
A mente ferve
Fere e é ferida
E a vida passa
A cada nota
Desse riff suicida
Guitarra inquieta
Guitarra grita
Guitarra briga
Guitarra amiga
Sem mim
Não pode nada
Sem ela
Não há barulho
Burburinho ou manifesto
Sem ela
Sou poeta sem palavras
Sou interprete sem voz
Indefeso ao algoz
Sem escudo
Sem espada
Ao fim da noite
Sou estrela
Sou herói
Sou amado
Ao invés
Do fracassado
Que lhe confessa
Altas horas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário