sexta-feira, 10 de abril de 2009

UmHomemDePolistirenoRachado


Dores e medos me partem ao meio,
Mas minha vontade de aprender
Me mantém no mesmo formato
Um belo início de tarde
Com muito a ser feito,
Mas o Sol me derrete
E eu só me desmancho...
E queimo, acabado
Apesar do calor me sinto frio
por dentro...
Sem saudade de ninguém,
Sem me lembrar de nada,
E eu não me lamento
Tentando mais uma vez
Escrever sem tirar um pedaço de mim
Mas eles se soltam
E caem sozinhos...
...No chão!
Há algum tempo encontrei uma cirurgiã
Que me fez uma plástica na alma,
mas o tempo sempre vence
E eu estou gasto de novo
Esperando você chegar novamente
Com sua cola rápida
Para me fazer um só novamente

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Me queime vivo

Eu quero ver o sol mas não consigo,
As janelas da minha alma não se abrem para a manhã.
Eu viro noites olhando para lua
E quando olho nos seus olhos minha pele queima em culpa.

Teu olhar queima minha alma...

Então me queime vivo
Enquanto ainda estou contigo.

A 1ª regência do reino solar,
Ela sempre me governa nas tardes de verão.
O ritual da liberdade nas noites de luar,
Sem teu olhar a noite sempre perde a sensação.

E teu olhar queima minha alma...

Estou menos vivo
Quando não estou contigo.

(Faz mais sentido quando cantada)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Aprisionados

Voltando para casa, em um começo de noite solitário. Com os olhos cansados mas ainda curiosos, tentando ver além das montanhas de pedra e ferro. Tentando ver um horizonte onde não há.
Voltei então, minha mente para fora de mim, para fora do limite do asfalto, para fora dos muros da cidade. Vi um grande bloco cinza em meio ao verde natural da vida, e notei pela primeira vez o quanto somos pequenos perante as coisas que já existiam e perante as coisas que criamos.
Ficamos presos em nossas cidades, entre nossos muros, nossas grades, com os olhos impedidos de ver a grandiosidade do mundo. Presos em nossas vidinhas medíocres. Ganhando dinheiro, perdendo dinheiro, roubando dinheiro... Desperdiçando nossas vidas nesse ciclo de ir sempre atrás do que logo à frente nós vamos jogar fora. Em um tenis, numa blusa, ou em um desses aparelhos eletrônicos que fazem tudo e não mudam nada.
Eis aí nossa pequenez, mesmo sabendo que temos o poder de destruir todo aquele verde e dobrar o cinza de tamanho, ainda estamos presos aos nossos instrumentos, a essa hipocrísia, a essa ilusão de progresso. Progresso que faz poucos terem muito, muitos terem o mínimo, todos serem nada...
Não é um apelo, poucos irão ler! Pode ser até que ninguém leia ou que quem leia nem entenda. Mas que fique registrado: alguém pensou!

domingo, 5 de abril de 2009

Eternamente

Pela primeira vez não tenho pedras nos sapatos
Acho que não me lembro de não estar incomodado
Hoje não estou.

Estou acomodado e nem sei se isso é bom
Nunca estive assim antes
Quase podendo tocar o som

Ah! o doce som da sua respiração, então...
...Me dê seu ultimo suspiro
Antes de ir embora
Para que você possa respirar eternamente
Em meu coração.

E eu viverei eternamente em seu amor
Depois das chuvas,
Depois do mundo,
Depois de Deus,
Depois de tudo.

Nós voltaremos
Donos do nosso mundo
Do ceio real do nosso amor.

Então me dê seu ar
Para que eu possa respirar em você
Mesmo que não nos vejamos mais

Eu viverei em você e desse ar
E te esperarei do outro lado
Como uma pedra no mesmo lugar.

sábado, 4 de abril de 2009

A cidade (do) "Capital"

Sempre quis um amigo
Ou alguem importante
De pactos divinos
Como irmãos de sangue.
Não fui aceito ou recusado
Aplaudido ou vaiado.
Pela eternidade avante
Com meus irmãos de sangue.
até nos piores lugares
Do inferno de "Capital",
Nessa guerra de porcos
A vitrine do mal.
Malditos senhores
"Donos" desta nação
Como demônios sem alma
E sem coração.
Usando a pátria como decoração
Pintando o quadro da destruição.

Se o passaporte para o céu
For comprar sua redenção
Então eu mesmo rasgo o véu.
Se a entrada do céu
Está nesta construção
Então prefiro ficar longe do céu
Ou até fazer meu caminho para o céu.

Não há amigos reais
Nesse sonho tão completo
Em igrejas se vende a paz
Criam deuses como se fossem animais
Violentando a verdade
Protituindo a liberdade
Dizendo ao povo o que ele gosta de ouvir
Alguém me diga o que preciso ouvir!
Sistema frio e cruel
Que nós mantemos sem saber
Como se ele escrevesse o papel
que nós devemos viver
Mas eu vejo o real...
Da cidade Capital

Envenenados de sangue
Os mosquitos caem derrepente
Como aqueles homens
Embriagados do suor da gente
E é viciados em poder,
Do trabalho não pago
Que vocês vão cair
Com cada centavo.