quinta-feira, 20 de maio de 2010

O caos por trás da caneta

Asfalto preto, céu cinza, olhos profundamente escuros

Cabelo raspado, punho cerrado
Semblante fechado,
Inconscientemente concentrado

Sujei meu tênis na minha própria sujeira
Enquanto pisava na hipocrisia de vocês
Nós somos iguais, estamos um no outro

Porém,
Não somos um só

Tentei fugir da essência
Fugi de mim mesmo
Estive preso do lado de fora do meu mundo

Me manifestei em linhas curtas
Poesia é estado de espírito
Poesia abre a cabeça
Poesia cicatriza a alma depois de fazê-la sangrar

No meu caso,
Poesia é o sangue da alma

Poesia é o partido político dos homens tristes,
Um manifesto às relações desumanas
Um mistério mágico em meio ao caos das cidades

A pichação num muro
Manchado por sangue inocente
Nossa falta de fé é indecente, perturbadora

Poesia é a reflexão social dos loucos

Poesia é o fruto do caos mental.

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