segunda-feira, 23 de março de 2009

5:30 AM

Segunda-feira, cinco e meia da manhã. Acordado com uma violenta azia causada pelo veneno que me mantem respirando. Parece que há um incendio dentro de mim que queima não só o estomago mas também minha alma. Talvez um copo d'água resolva.
Nem pensar em dormir mais, mesmo tendo dormido apenas 3 horas e meia, essa maldita insônia depreciva, que deprecia minha alma não vai me deixar descansar.
Agora não tenho mais aquela azia, são 5:40 da manhã, não há ainda, nenhum raio de Sol. Mergulho então na escuridão do meu medo e tento combate-lo sozinho. Luta desigual! São tantos medos e tão pouca força. Tenho medo de morrer sem viver o bastante, sem ver o bastante, sem aprender o bastante, sem amar o bastante...
Aliás, amar é o mais dificil de fazer neste meu mundo. Por mais que nós tentemos demonstrar eles estão sempre nos oprimindo. Como se não pudéssemos amar neste planeta. Amo sozinho então, no meu quarto mesmo, e ela sabe que é amada.
O silêncio me destrói, o tic tac do relógio é assustador, parecer estar dentro da minha cabeça, intenso no som, lento no tempo, 5:45. Quanto tempo falta?... Quanto tempo falta para acabar minha agonia? Um ano? Um mês? Uma semana? Um dia? Apenas o tempo do sangue escoar se eu quiser...
Mas parece infinita! Sem saída! A morte talvez? Não, sou covarde demais para para tentar um suicidio. Mas talvez seja mais covarde ainda quando se trata de agonizar como estou agora, pelo resto dos meus dias. Esse mundo não é mesmo pra mim.
O que eu estou dizendo? Isso é um exageiro! Talvez ninguém acredite... Talvez pensem que eu inventei tudo, para fugir como um covarde. Mas, tanto faz agora. São 6 horas em ponto. Vou tentar sonhar com ela.

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