terça-feira, 13 de setembro de 2016

Flerte

Ela me abre
Ela me folheia
e saboreia
meus olhos nela.

Sem pudor,
Eu todo ardor
Vou com pressa
E me perco
No prefácio interminável
E na arte da capa dela.

Preta bela,
Te entendo nada
Mas que gostosa cê é,
Nem te provei
Mas eu já sei,
Ninguém te faz,
Sei como é.

Eu jogo a vera
Na cara dela
Ela joga a vera
Por que ela pode,
E se eu tiver sorte
Serei rei hoje,
Tenho um lugar pra sua coroa
No meu espelho
Mas só essa noite.

Ou quem sabe pra sempre
Ou quem sabe pra agora
E se mais pra frente
Eu não quiser ir embora?
Ninguém vai dizer...

Quem sabe o flerte
Não é só um jogo
De interesse
Uma noite inteira!?
Quem sabe o flerte
Não é o swing
Das mentes na sintonia
De Madureira!?

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