Do subúrbio pra Baixada
a semelhança é fascinante
no marasmo alucinante
da condução abarrotada.
colocando reticências
ao refletir experiências,
ao futuro com esperança
e ao pavor com resistência.
ninguém nasceu pra semente
quem não entende, eu reajo
ao ver a morte dessa gente
e me torno o delinquente.
quem não foi violentado
não precisa ser violento
quem de nós não é o vilão
forjado pela frustração?
quem tá na televisão?
e quem não dorme com remorso?
e quantas gerações ainda gritarão
que o petróleo é nosso.
tá embaçado, engarrafado.
eu revoltado, atrasado e bolado.
outro preto aprisionado na cidade
outro início de noite na via Light.
Nenhum comentário:
Postar um comentário