Agradecido,
morro em seus olhos
enquanto você me liberta
tragando minha liberdade.
eu sou um lixo sentimental,
eu sei que sou, mas confiante
nos teus olhos vermelhos
eu persevero
mais que devia.
Jogo a fumaça pro alto,
enquanto tua boca
de hálito doce-ardente
mastiga meu juízo
como a aguardente faz.
Feche essas pernas
ou não termino este samba,
largo esse bojo de madeira
que tenho grudado no peito,
largo a canção pela metade,
largo meu orgulho no chão,
e te beijo nos pequenos lábios
que me encaram úmidos
em meio aos pêlos
que crescem selvagens em volta.
caralho,
eu te amo.
maldição,
eu te amo!
você não presta,
mas eu te amo.
Mulher ingrata!
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