A distancia do chão até o céu
O esfumaçado das nuvens no caminho
Vou explodindo tudo feito um raio
Mas ninguém me pergunta onde estou indo
Aí eu deito na cama, e a mente começa a gritar
Estilhaços de bomba em todo lugar
Com os olhos tiro as pedras no chão
E as embrulho no ódio em suas mãos
Atire-as em mim se puder
E me veja morrer em seu nome
Espere que ele me mande pro inferno
Por não usar maiúscula em seus pronomes
Eu sei que ele existe porque é tão obvio
E sinto sua presença mesmo quando estou sóbrio
Só me pergunto em que lado está afinal
E será mesmo que existe bem ou mal?
Brigo com Deus: cajados e palavrões
Do outro lado a fúria dos seus trovões
Berro contra as nuvens: "estou aqui, porquê não se aproxima?"
Porque não me deixa em paz e pára a carnificina ?
Ele apenas pára a chuva e me da um novo sol
Pra que caixão? Pra que formol?
Nenhum comentário:
Postar um comentário