segunda-feira, 22 de julho de 2013

Molotovs no congresso


A Babilônia te governa
Sua consciência hiberna
Mas a vitória é certa
É hora de sonhar.

Eles querem jogar
O tabuleiro é deles
O dado é viciado
E não está do nosso lado

Sobre o viaduto os carros atacam
Sob as marquises os mendigos defendem
Suas feridas pútridas nos ofendem
Os motores importados quase falam

De cima dos blindados a polícia massacra
Encolhida nos becos a favela resiste
E no asfalto com o dedo médio em riste
A juventude ativista é emborrachada

Enquanto isso nas telas gigantes
Da classe média pequeno-pensante
A violência é tão fascinante
Enquanto está tão distante.

E porque igrejas se ensina
O mesmo jogo das esquinas?
A benção aos nobres,
À plebe a sua sina.

E se a escada para o sucesso
Passa por cima de você
Por que não acender
Molotovs nos congresso?

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