sábado, 1 de junho de 2013

Soneto dos pobres de espírito

É sábado e não espero nada
Não escuto passos na calçada
Não deixo a porta destrancada
Não olho a esquina da sacada

Deixo-me à brisa que me envolve
A noite fria me dissolve
Neste céu negro minh'alma é densa
Mas pouco intensa, de carisma pobre

Me faço ouvir num leve soneto
Pra ver se aqueço olhares de cobre
Mas em minha missão não há nada de nobre

Lhes faço sorrir numa breve anedota
Na manhã seguinte bato em suas portas
E lhes quebro o sorriso com minhas derrotas.

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