sexta-feira, 26 de julho de 2013

Poema da Nega (Tudo o que não cabe no poeta)

A poesia não cabia no papel
Estourou a caneta
Mudou a faceta
Trocou de língua
Tudo o que não cabia no poeta
Era a torre de babel
Por entre as nuvens subiu ao céu

Sussurrou em seus ouvidos
Uma leve brisa
Persevere, minha querida
Persevere.
Todas as bocas não servem
Que seus beijos me esperem

Eu tenho um sonho
E ele tem seu nome na capa
Conta sua brava
História nas páginas
Está manchado
Com suas lágrimas

Cadê o seu suor
E o seu sangue?
Seu sonho
Pisoteado pelos
Um milhão de pés da história
Que corre em círculos
Apressa os relógios
Compulsória, irrisória

Fecho os olhos e
Com seu beijo doce
Eu me guio
Desenhando pelo seu corpo um rio
Sem dizer um pio.
Sem ver a cor.
Só o sabor
Do amor.

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