sábado, 17 de abril de 2010

Palavras, vida, morte e crença

As palavras são tão tristes,
Os sonhos já são pesados,
Mas eu me mantenho unido
Mesmo estando aos pedaços.

Há dificuldade em escrever
E as idéias teimam em fugir.
Sou insensível, sou frio,
Mas há sentimentos aqui.

Há papel, caneta e coração partido,
Há um corpo enterrado e um sonho perdido,
Momentos ruins vividos,
Nomes e amores esquecidos.

Tentando chorar, não podendo sorrir,
Seguindo em frente em fim,
Alma seca, garganta fechada,
Memória amassada, picotada.

Não se briga com a morte, agora eu sei,
Nem se brinca com a vida também
A paz é o equilíbrio entre os mortos e os vivos
Pai, você sempre viverá comigo.

Agora há corações espalhados no chão,
Há um céu cinzento chuviscando solidão,
Flores brancas ornamentando um caixão,
E reações alérgicas nas mãos.

As melhores pessoas não mudam o mundo
Pois Deus as leva para perto de Si.
É uma forma de reafirmar a ideia do céu
E mexer com o coração dos ímpios que ficam aqui.

2 comentários:

  1. D E M A I S amigo,
    Você se expressou de uma tal forma totalmente emocionante e tocante!

    ''Não se briga com a morte, agora eu sei,
    Nem se brinca com a vida também
    A paz é o equilíbrio entre os mortos e os vivos
    Pai, você sempre viverá comigo.''

    AMÉM!

    Muito lindo o que você escreveu de verdade!

    Parabéns!

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  2. "Há papel, caneta e coração partido,
    Há um corpo enterrado e um sonho perdido"
    Nossa, adorei!

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