domingo, 10 de janeiro de 2010

O dia que nunca acaba

Ele nasceu para me desmoronar.
Mas e se eu já estiver no chão?
Seu ar circula por aí,
eu prendo a respiração
não aspiro seu veneno.

Ele veio para me envenenar.
Mas e se eu já estiver envenenado?
Preso atrás dessa linha
que me une a você,
e você me deixa tão só.

ele veio para me escaldar.
Mas e se eu já estiver fervendo?
Com a pele escamando
em processo de dissolução.
Rastejando para fora da minha pele.

Céu de azul infinito,
Horas que parecem séculos,
suas nuvens de fumaça branca,
e a água evaporando
e distorcendo o asfalto em brasas.

O céu mistura tudo
num ensopado colossal.
Eu sou sua colher de pau,
mesclando a eternidade de uma dia
a certeza de que ele acabará.

Um comentário:

  1. Às vezes precisamos viver esses dias,
    mesmo que eles sejam difíceis e as vezes dolorosos,
    eles tem muito pra nos ensinar se olharmos bem!
    Estou vivenciando dias dificeis não falo em vão!
    Mas como todas as coisas da vida, novo dias virão,
    e temos acreditar que eles serão bons!

    ResponderExcluir