quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Calado, pela última vez.

Pela última vez que a vi
poderia tê-la beijado,
poderia tê-la abraçado,
pela última vez
tê-la feito feliz.

Poderia ter dito que a amo,
e tê-la pela última vez
em meus braços.
Poderia fazer pela última vez
o que nunca fiz.

Mas eu não queria estar lá
quando meus olhos ficassem vermelhos.
Eu não queria que ela visse
eu beijar o chão.

Então a disse adeus
com um abraço tão frio,
e deixei que aquela carta
sucumbisse em minha mão.

O que era aquilo tudo?
eu preferiria não ter visto,
não ter vivido esse último momento.

e aquela carta, feita a mão,
como um último lamento,

como um último pedaço dela aqui,

um pedaço que nunca ri
que nunca emite som.

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