quarta-feira, 2 de junho de 2010

A neblina da manhã















Neblina...
Onde acaba a montanha?
Onde começa o céu?
Alguns só esperam os primeiros raios de sol (que se esconderam)
Eu os aguardo com caneta e papel.

E vejo
Pontas de cigarro queimando na escada,
Vidros embaçados,
Ruas ressecadas,
Vidas dobradas em mochilas amassadas.

E minha vida?
Ela se enruga com a preocupação em seu rosto
E aqui meus olhos se embaçam também (ao tentar te ver)
E eu apenas te imagino,
E te quero bem.

Confesso,
Te imaginei ao meu lado ontem a noite
Não pude evitar,
Ganhei uns momentos contigo na madrugada por sonhar,
Perdi teu corpo pela manhã ao acordar.

Me vejo perdido,
Te vejo em todo lugar,
Você não me guia para lugar nenhum,
E eu espero você me guiar,
E deixo a neblina baixar.

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