Eu toco seu corpo e me perco
Guiando perigosamente nas suas curvas
Mas nós podemos ir devagar, meu anjo
Por que agora você é a única.
Tenho seu sorriso na ponta dos dedos
Para vê-lo basta te tocar,
Seu corpo está sempre em chamas
Você sempre vem me incendiar.
Digo no teu ouvido
Frases que te fazem tão mulher
Que tu vens e me domina em resposta
E tu sabes muito bem o que quer.
A lua invade a janela a meu convite
E vem ter com nós esta noite
E eu te amo a noite inteira à meia luz
Tu me amas eternamente hoje.
A cama nos ascende às nuvens
E os lençóis nos embalam em glória
Nem o céu azul nos opõe em beleza
E os anjos escrevem nele nossa história.
É nosso momento, querida
Nada mais importa lá fora
Nem a guerra, nem a paz,
Estamos em transe agora.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Tálison Vasques e o modo de vida
Vivendo da lama e da glória,
Indo embora
Sempre que minhas rodas tocam o chão.
Vivendo entre essa idéia falsa
e a inspiração veridica e amarga da solidão.
Mastigo certeza de que não vivo em vão.
Indo embora
Sempre que minhas rodas tocam o chão.
Vivendo entre essa idéia falsa
e a inspiração veridica e amarga da solidão.
Mastigo certeza de que não vivo em vão.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Desistindo dos sonhos quebrados
Eu vivo de recomeçar
Me levantar e tentar de novo
Eu sou o homem que acredita demais
Em meus sonhos queimados no fogo.
Eu sou aquele que viu em você
As azas que me faltavam há tempos
E alucinei que você me fizesse voar
Alguns dias, em certos momentos.
Mas algo tirou seu encanto
E eu entendo,
Nós acreditávamos tanto
Eu lamento.
E agora sua vida é outra
E eu penso
Você diz que me ama e se vai
Eu não entendo.
Eu tento não dizer para sempre
E lembrar de você
Sua eternidade durou tão pouco
Eu nem pude te ter.
Eu tento não olhar
Para o céu e te ver,
Pois as formas das nuvens
Me lembram você.
Eu tento não pensar na minha cruz
Meu sonho quebrado, pesado
Minha memória antiga é tão recente
Meu coração permanece inalterado.
E eu tento não ouvir seu nome
Quando vem o vento
Soletrando ele baixinho
Eu tento...
E eu tento e persisto
Mas do que nunca nesse momento
Eu tento desistir de você
Mas não consigo, eu lamento.
Me levantar e tentar de novo
Eu sou o homem que acredita demais
Em meus sonhos queimados no fogo.
Eu sou aquele que viu em você
As azas que me faltavam há tempos
E alucinei que você me fizesse voar
Alguns dias, em certos momentos.
Mas algo tirou seu encanto
E eu entendo,
Nós acreditávamos tanto
Eu lamento.
E agora sua vida é outra
E eu penso
Você diz que me ama e se vai
Eu não entendo.
Eu tento não dizer para sempre
E lembrar de você
Sua eternidade durou tão pouco
Eu nem pude te ter.
Eu tento não olhar
Para o céu e te ver,
Pois as formas das nuvens
Me lembram você.
Eu tento não pensar na minha cruz
Meu sonho quebrado, pesado
Minha memória antiga é tão recente
Meu coração permanece inalterado.
E eu tento não ouvir seu nome
Quando vem o vento
Soletrando ele baixinho
Eu tento...
E eu tento e persisto
Mas do que nunca nesse momento
Eu tento desistir de você
Mas não consigo, eu lamento.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Volte a dormir
Vou acariciar suas curvas
E olhar seu rosto.
Tirar-te o sorriso
Enquanto toco seu corpo.
Nada!
Isso não é nada.
Volte a dormir
No seu sono eterno.
E antes que você acorde
Eu vou estar no inferno.
E ver como é linda,
Essa droga de vida.
Um dia ainda vou ver
Nos seus olhos castanhos
O frio da solidão
Desses dias estranhos.
Volte a dormir
Isso não foi nada.
Nada!
Pobre garota
Você não me lembra nada.
Pois o meu grande amor
Jamais me fez feliz.
E eu vou matar você de beijos.
Eu quero ver você morrer de amor!
E eu tremeria de medo
Só de pensar em saber
O que você fez quando eu não estava.
Eu pediria pra morrer.
E te levaria junto.
Pra não ter saudade.
É melhor voltar a dormir
E não ver a verdade.
E olhar seu rosto.
Tirar-te o sorriso
Enquanto toco seu corpo.
Nada!
Isso não é nada.
Volte a dormir
No seu sono eterno.
E antes que você acorde
Eu vou estar no inferno.
E ver como é linda,
Essa droga de vida.
Um dia ainda vou ver
Nos seus olhos castanhos
O frio da solidão
Desses dias estranhos.
Volte a dormir
Isso não foi nada.
Nada!
Pobre garota
Você não me lembra nada.
Pois o meu grande amor
Jamais me fez feliz.
E eu vou matar você de beijos.
Eu quero ver você morrer de amor!
E eu tremeria de medo
Só de pensar em saber
O que você fez quando eu não estava.
Eu pediria pra morrer.
E te levaria junto.
Pra não ter saudade.
É melhor voltar a dormir
E não ver a verdade.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Rodas
Eu me lembro de tudo e me esvazio
Afastando-se do que eu mais amo,
Mas a cor do céu não me tiram
É azul! E minhas rodas giram.
Agora quero ser alguém melhor
Fazendo algo novo,
Saibam que não esquecerei de ninguém,
Mas agora o jogo é outro.
E minhas rodas continuam...
Acelerando a solidão.
E as memórias flutuam,
Enquanto minhas rodas rasgam o chão.
Eu vou agora no caminho contrário
Ao que nós íamos juntos.
Vejo tudo e não me arrependo
Aliás, me orgulho de tudo.
Orgulho-me de quem eu me tornei por você
E do que eu fiz para não ter fim,
Eu vivi para te ter e não faço por mais ninguém
Hoje não te tenho e vou viver para mim.
Alguém tirou o melhor de nós,
Alguém nos tirou os melhores momentos,
Talvez nós não estivéssemos prontos.
Mas eu não lamento.
Nós continuamos a ser um só
Mas agora somos uma estrada de mão dupla.
Cada um para seu destino,
Cada um com a sua culpa.
“Lá vai meu herói” - alguém disse.
Ele precisa descansar.
Mas quem sabe nossos caminhos nos unam
Outra vez, em outro lugar.
Afastando-se do que eu mais amo,
Mas a cor do céu não me tiram
É azul! E minhas rodas giram.
Agora quero ser alguém melhor
Fazendo algo novo,
Saibam que não esquecerei de ninguém,
Mas agora o jogo é outro.
E minhas rodas continuam...
Acelerando a solidão.
E as memórias flutuam,
Enquanto minhas rodas rasgam o chão.
Eu vou agora no caminho contrário
Ao que nós íamos juntos.
Vejo tudo e não me arrependo
Aliás, me orgulho de tudo.
Orgulho-me de quem eu me tornei por você
E do que eu fiz para não ter fim,
Eu vivi para te ter e não faço por mais ninguém
Hoje não te tenho e vou viver para mim.
Alguém tirou o melhor de nós,
Alguém nos tirou os melhores momentos,
Talvez nós não estivéssemos prontos.
Mas eu não lamento.
Nós continuamos a ser um só
Mas agora somos uma estrada de mão dupla.
Cada um para seu destino,
Cada um com a sua culpa.
“Lá vai meu herói” - alguém disse.
Ele precisa descansar.
Mas quem sabe nossos caminhos nos unam
Outra vez, em outro lugar.
As confissões do sonhador
Às seis da manhã o céu era algodão.
Do pico de uma montanha a outra, tudo era branco. Entre elas, num tímido esplendor os primeiros raios de sol ganhavam seu espaço. Era vermelho, amarelo, laranja, azul, lilás e outras cores que eu não sei nomear. Elas enchiam os olhos do sonhador.
Daquele ponto a visão era majestosa. A Rua Berlim, a rua mais alta do bairro e com certeza a mais fria da cidade também. Ela agradecia àquela benção aos pés da serra. E ele só observava, contemplava a inusitada beleza daquele lugar. Aquelas sarjetas sujas nunca foram tão belas. Sim, eram sarjetas belas. A beleza nunca foi tão simples, tão crua, tão triste. Com aquele céu tudo era simples, cru e triste.
Da Rua Berlim até a casa em que passaria o dia, eram quatro ruas com nomes de cidades européias, elas nunca foram tão longas, tão solitárias, e principalmente, ninguém pensaria tanta coisa naquele trajeto. Nunca mais. Mas era um dia diferente, um momento diferente: seis horas e quatro minutos de um novo ano, e havia a companhia de um cão.
“Estou só” – pensou. A frase dizia mais do que fato de a rua estar quase vazia, tendo apenas ele e o cão como transeuntes. Naquele momento a cidade era cinzas, o mundo era barro, as pessoas fumaça, os prédios gigantes petrificados e o sol começava a misturar tudo. Os únicos seres eram ele e o cão provando o céu. Ah, aquele céu! Ele o adorava, mas odiava seu gosto. Tinha o gosto do nome dela. Ele quase o gritava a cada vez que olhava o céu. Seu grito rasgaria acres e acres de rua vazia e voltaria a seus ouvidos, dilacerando sua mente na solidão dos ecos. Mas não houve grito, nem eco, nem rua rasgada ou mente dilacerada. As palavras nasciam nos pulmões, cresciam na garganta e morriam na ponta da língua, deixando apenas o movimento labial que o cão parecia entender. Uma situação perigosamente aflitiva.
A SITUAÇÃO
O céu o matava, as ruas se agigantavam,
e ele estava na terapia ao ar livre de um cão vira-lata,
mas não estava louco.
Como pode um rosto fazer tanta falta?
Como pode alguém anular um mundo e ir embora?
Ela nunca tinha sido tão importante para alguém. Era a coisa mais importante no mundo para ele naquele momento.
O que mais poderia se levantar e o apoiar naquele momento? Nada, é a resposta. Nada além da imagem dela, da voz dela, do olhar dela. Ele não tinha nada disso. Ela não iria emergir do chão para mantê-lo de pé. “Eu preciso desmoronar” – pensou então. E o cão o fitou, fez a leitura telepática da frase, latiu como se tivesse entendido e farejou uma solução no chão. Achou uma flor ressecada e a carregou na boca pelo resto do caminho e continuou ler-lhe o pensamento.
Mais uma rua e antes que a solidão chegasse a níveis críticos de confusão de identidade, eis que vem ela: a última esquina. Ao passar por lá viu dois bêbados, dois loucos ainda comemorando a entrada do ano. Não era muito civilizado ou poético, mas foi aquela visão que lhe mostrou que a humanidade ainda estava lá, viva, entorpecida, louca e plena. Pronta para ele. Dalí até em casa não trocou mais nenhum pensamento com o cão, o céu já era todo claro, azul e com nuvens de algodão costuradas nele. Agora o algodão era doce. Ele sentia que a vida tinha uma nova face, sentia que não precisava dela para se apoiar. Precisava sim, de um novo amanhecer e de um novo sonho para viver.
Ao chegar ao portão manchado de vinho, abriu e entrou num só movimento. Seu companheiro canino tentou entrar também, ele o fitou nos olhos com imensa sinceridade e disse: – “Não, meu amigo. Obrigado!” – dessa vez a voz saiu, o cão entendeu mas havia mais coisas a dizer. E então ele pensou: – “Vá e leve meu delírio. Leve minhas memórias e minha amizade. E não conte a ninguém”.
UMA ÚLTIMA IRONIA
Naquela semana o sonhador não sonhou.
O sonhador não sonhou.
Tinha medo do novo sonho que viveria.
A Tempestade
O céu está apertado
as nuvens se esbarram,
rugem alto, se despedaçam, desabam.
No atrito soltam faíscas,
que iluminam o céu
e agridem as vistas.
Enxugam o céu, encharcam o mundo,
estouram suas veias,
destroem tudo.
Enquanto observo, absorvo,
Seco os vidros,
e os embaço de novo.
Sinto o teto do mundo
a um metro da minha cabeça.
Enquanto atores falidos
amontoam-se e me iludem,
me vencem e convencem
de mentir para mim outra vez.
Deus os queima e joga fora.
Queima e joga fora do céu.
e eu toco o véu d’água,
e ele me toca.
E então, a chuva torrencial de verão
me preparou um cenário.
Onde eu enceno a solidão,
e construo minha própria prisão.
Onde meus olhos fazem chover,
e a chuva me faz chorar.
Onde eu relembro
meus doces sacrifícios.
Onde eu planejo um último suspiro.
Onde eu invento um último perdão.
as nuvens se esbarram,
rugem alto, se despedaçam, desabam.
No atrito soltam faíscas,
que iluminam o céu
e agridem as vistas.
Enxugam o céu, encharcam o mundo,
estouram suas veias,
destroem tudo.
Enquanto observo, absorvo,
Seco os vidros,
e os embaço de novo.
Sinto o teto do mundo
a um metro da minha cabeça.
Enquanto atores falidos
amontoam-se e me iludem,
me vencem e convencem
de mentir para mim outra vez.
Deus os queima e joga fora.
Queima e joga fora do céu.
e eu toco o véu d’água,
e ele me toca.
E então, a chuva torrencial de verão
me preparou um cenário.
Onde eu enceno a solidão,
e construo minha própria prisão.
Onde meus olhos fazem chover,
e a chuva me faz chorar.
Onde eu relembro
meus doces sacrifícios.
Onde eu planejo um último suspiro.
Onde eu invento um último perdão.
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