beber e chorar
a noite.
profanar o silêncio
da rua em vigília
tomar um mal caminho,
cair numa poça,
escrever um samba,
pra ganhar uma moça.
mas não tenho dinheiro
não tenho lágrimas
e a noite demora.
o silêncio
os carros matam
impunemente.
já não há escolha
nem chuva, nem samba,
nem vaidade.
só há o vazio,
as letras vazias
as mãos vazias
sem melodia
cheias de saudade.
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