não há uma lágrima que se limite,
não há um limite que se preserve,
não há uma rima que não se quebre.
o verso ecoa no inconsciente antes
de alcançar a sublime existência.
é o abstrato que se mistura e me intriga,
me incomoda como vidro na carne,
toca no cerne dos sentimentos do homem,
traduz-se inconsequente no papel,
vira torrente e deságua no mar da beleza.
triste como toda beleza, se objetifica
nas entranhas do medo, da dor, do amor
e da arte, vai a morte para se embeber,
volta a vida para a simular, há muito a aprendia.
de alcançar a sublime existência.
é o abstrato que se mistura e me intriga,
me incomoda como vidro na carne,
toca no cerne dos sentimentos do homem,
traduz-se inconsequente no papel,
vira torrente e deságua no mar da beleza.
triste como toda beleza, se objetifica
nas entranhas do medo, da dor, do amor
e da arte, vai a morte para se embeber,
volta a vida para a simular, há muito a aprendia.
caminhava de olhos baixos, mãos inúteis
na chuva que me rendia em ruas turvas,
mercadorias se ofertavam ao meu engenho
enganadas de que eu havia de comprá-las,
enquanto a coisa me encontrou indefeso,
versou briosa sobre as veias da verdade
desmanchando os edifícios mais soberbos,
desmentindo o concreto ante meus olhos,
desvendando a miudeza de cada máquina
revelando-me as empreitadas engenhosas
que se escondem nas pequenas telas de mão,
senti-me deverás amedrontado, sem fuga,
face a face que massacrava minhas certezas
e a poesia que me convidava indecorosa
desdenhando de indecifráveis cordilheiras.
fustigado pela veemência das montanhas
que se avolumavam antes de se desfazer
no silêncio que a verdade impõe ao mundo.
voltei a ver o riso que habita treze de outubro
oculto no soluçar pungente de outras datas.
numa convicção tão tênue, mas perene,
voltei a pele que habito desde então
sob o rigor do céu que vi fundando tudo
num afluente de palavras que me jorram
pelos dedos que outrora foram inúteis,
e a verdade transitória que me arrasta
nasce íntegra a cada passo do poeta.
sob a chuva que me rende em noite triste
sou a ponte da premissa atemporal
preso ao tempo desta quadra da história.
e espero a coisa me tomar em novo assalto
impelindo-me sem colóquio a um poema
como espera o atirador pela névoa rosa
nasci de novo em um surto escatológico
quando aceitei tal acepção escandalosa:
"as palavras são a antologia dos homens".
na chuva que me rendia em ruas turvas,
mercadorias se ofertavam ao meu engenho
enganadas de que eu havia de comprá-las,
enquanto a coisa me encontrou indefeso,
versou briosa sobre as veias da verdade
desmanchando os edifícios mais soberbos,
desmentindo o concreto ante meus olhos,
desvendando a miudeza de cada máquina
revelando-me as empreitadas engenhosas
que se escondem nas pequenas telas de mão,
senti-me deverás amedrontado, sem fuga,
face a face que massacrava minhas certezas
e a poesia que me convidava indecorosa
desdenhando de indecifráveis cordilheiras.
fustigado pela veemência das montanhas
que se avolumavam antes de se desfazer
no silêncio que a verdade impõe ao mundo.
voltei a ver o riso que habita treze de outubro
oculto no soluçar pungente de outras datas.
numa convicção tão tênue, mas perene,
voltei a pele que habito desde então
sob o rigor do céu que vi fundando tudo
num afluente de palavras que me jorram
pelos dedos que outrora foram inúteis,
e a verdade transitória que me arrasta
nasce íntegra a cada passo do poeta.
sob a chuva que me rende em noite triste
sou a ponte da premissa atemporal
preso ao tempo desta quadra da história.
e espero a coisa me tomar em novo assalto
impelindo-me sem colóquio a um poema
como espera o atirador pela névoa rosa
nasci de novo em um surto escatológico
quando aceitei tal acepção escandalosa:
"as palavras são a antologia dos homens".
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