quarta-feira, 18 de março de 2015

Vermelha, bandeira.

Sou do Partido Comunista Brasileiro,
minha bandeira quase centenária
não envelhece, ao contrário,
me remete àquele 25 de março
na Guanabara proletária,
mil novecentos e vinte e dois.

Partidão
de lutadores e insubmissos
como são os comunistas
em sua ênfase apaixonada.

apesar de tudo,
aquela bandeira vermelha
de foice e martelo augustos
se manteve tremulando
mesmo na chuva,
encharcada, pesada;
mesmo na noite fria,
solitária;
mesmo na dor
de ser incendiada;
sinalizou a saída:
a via camponesa,
a luta operária.

agora novamente
querem te condenar,
bandeira vermelha
do Partido Comunista.
novamente
odeiam tuas cores
e difamam teus ídolos.
teus militantes outra vez
estão prestes a sangrar.

mas prosseguem sem medo,
pois o sangue quente
que corre em suas veias
explica o vermelho nos olhos.

pois sabem
que todo comunista
é uma rosa vermelha
que quando arrancada
e jogada ao vento
vive pra sempre
em seu perfume,

e borda no seio do povo
que o socialismo
é o futuro do mundo.

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