domingo, 16 de janeiro de 2011

Eu, você e ele somos nós

Sinta enquanto o vento passa por nós
Enchendo nossos pulmões de cadáveres
E veja como nós tapamos as narinas
E continuamos apenas
Ouça os gritos terrivelmente calorosos de pânico
Seguidos do temido silencio gelado da morte
"Lá estávamos nós, e agora estamos aqui"
Os rostos amortalhados dizem ao descer o rio
Rumo ao seu destino final.
Enquanto o planalto paulista sucumbe ao Tietê
A Serra Fluminense se desfaz
E nós vemos que nossas imponentes fortalezas de concreto
São nada!
E vemos como nossos corações podem se partir
Por gente que nem se conhece
Por gente que padece e perece
Sob a mesma luz do sol que eu
Por que eu sou ele, você sou eu
E por mais que eles não estejam mais aqui
Juntos somos nós...
Somos nós morrendo
Somos nós chorando.

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