quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sequelas do que o tempo não curou

O ar me falta essa manhã
O sol me fere, o sangue ferve

Minhas idéias, como sempre,
Correm soltas pela mente
E eu incapaz prendê-las

Por mim os carros passam,
Pessoas apertam o passo,
Pra frente e sempre...

Hoje ninguém olhou o céu
Ninguém viu o que há de diferente.
Não viram que o sol rasga a pele como nunca
E seus raios agridem os olhos impiedosamente

E que a vida viciosa consome nossas mentes

Será que ninguém enxerga como eu
Será que eu sou o louco, de quem todos estão rindo
Pois mesmo que veja a verdade
Não sei rir de ninguém

Eu queria encontrar Deus
Eu queria acender minhas velas e estar em paz
Eu queria estar deslumbrado como todos
Mas não estou...

A anestesia natural do tempo não fez efeito
Eu ainda posso sentir enquanto rasgam minha alma
E violam meu coração.

Eu ainda posso sentir quando tentaram meu espírito
Que era forte demais para ser quebrado
Mas fraco demais para resistir.

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