segunda-feira, 13 de julho de 2009

13 de julho


Mas uma manhã de segunda-feira
parecida com qualquer outra manhã desse ano.
Talvez até dos últimos anos.
Um café na esquina,
um cigarro no ponto de ônibus,
a sensação de inutilidade
e o conformismo de sempre.
Mas o vento frio desta manhã é diferente.
Acaricia minha pele
me trazendo aquelas vozes
E aquelas confissões
que nunca mais ouvi,
numa sequência quase real
como lembranças datadas
E dotadas do sentimento mais puro que há.

Nós passávamos por baixo da escada
em busca de uma bebida,
um som novo, uma nova droga
que aliviasse nossa sede de ir
para onde o sistema
não pudesse nos pegar.
Nunca mais!

Nunca mais fui até lá,
nunca mais os vi de novo,
e aos poucos
não conseguia mais tocar
minha guitarra assim,
As cordas dela se arrebentaram,
Meus sonhos se quebraram,
eu nunca mais me diverti
as sextas-feiras,
e o dia do Rock nunca mais
foi sexta-feira.

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