sexta-feira, 12 de junho de 2009

Meia-noite à meia luz

O que fazer à meia-noite?
Quando o sono não me tira para dançar,
Quando as idéias são o rosto da musa,
Quando aquela voz vem me guiar.

Quando o sentimento de vazio é tão grande
Quanto o amor que me enche por dentro.
Quando eu sussurro por aí que a amo,
E espero que ela escute no vento.

O que fazer à meia noite?
Talvez me pergunte até as seis da manhã.
Perdendo mais uma noite por amar
E umas folhas de caderno para me declarar.

A ansiedade é de vê-la novamente,
Parece que vivo para estar com ela.
Quando vai embora começa a agonia,
Esperando que venha o outro dia.

E que eu possa tocá-la mais uma vez,
E olhar outra vez nos seus olhos castanhos
Que parecem dois furacões,
Entrando e me destruindo com suas confissões.

E eu vou caindo noite adentro
Os vendo sempre acima.
Os vendo sempre sorrindo
Como duas obras-primas.

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