quarta-feira, 8 de abril de 2009

Aprisionados

Voltando para casa, em um começo de noite solitário. Com os olhos cansados mas ainda curiosos, tentando ver além das montanhas de pedra e ferro. Tentando ver um horizonte onde não há.
Voltei então, minha mente para fora de mim, para fora do limite do asfalto, para fora dos muros da cidade. Vi um grande bloco cinza em meio ao verde natural da vida, e notei pela primeira vez o quanto somos pequenos perante as coisas que já existiam e perante as coisas que criamos.
Ficamos presos em nossas cidades, entre nossos muros, nossas grades, com os olhos impedidos de ver a grandiosidade do mundo. Presos em nossas vidinhas medíocres. Ganhando dinheiro, perdendo dinheiro, roubando dinheiro... Desperdiçando nossas vidas nesse ciclo de ir sempre atrás do que logo à frente nós vamos jogar fora. Em um tenis, numa blusa, ou em um desses aparelhos eletrônicos que fazem tudo e não mudam nada.
Eis aí nossa pequenez, mesmo sabendo que temos o poder de destruir todo aquele verde e dobrar o cinza de tamanho, ainda estamos presos aos nossos instrumentos, a essa hipocrísia, a essa ilusão de progresso. Progresso que faz poucos terem muito, muitos terem o mínimo, todos serem nada...
Não é um apelo, poucos irão ler! Pode ser até que ninguém leia ou que quem leia nem entenda. Mas que fique registrado: alguém pensou!

Um comentário:

  1. R e a l m e n t e [...]

    Levamos uma vida medíocre... E nos fazemos pequenos, por isso!

    Mas podemos mudar!
    [...]

    Alguém sempre ler fique ciente! As nossas palavras sempre alcançam alguém...

    Registre sempre!

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