Se neblina sinto impulso de afogar-me na baía
sentir-me junto aos que vieram antes de mim a essas águasassolapados pelos sentimentos implacáveis do mundo
Mas se se dissipa o véu sob a água,reina uma luz
ainda desbotada, morna, que acende frente aos meus olhos
a imagem replicada mil milhoes de vezes de mim mesmoE passo a me ver nas esquinas e lojas,
construções, favelas e alagados
incontaveis toques sincrônicos de marcha
que reintegram meu ser desenganado ao mundo
Será então que a solidão morreu em mim,
ou eu que nasci de novo em solidão tão comum que nem percebo?