Antes que eu me perca
novamente
na vicissitude dos meus passos
e no hermetismo
dos teus olhos.
preciso dizer-te, meu bem
que nestes últimos dias
e nos outros, anteriores,
o ar me coube,
a água acariciou meu corpo,
o fogo de nós dois
não me ardeu.
deitamos na terra mais fértil do mundo
e nos amamos,
quem sabe mais tarde daremos frutos,
quem sabe não.
seja assim,
esta arte perigosa
mas vital.
este vínculo imperioso
mas legítimo.
esta verve que me toma
e me devolve.
nos encontros mais poderosos
do mundo.
como o choque da correnteza
dos teus rios
com as pedras ferventes dos
meus vulcões.
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