sexta-feira, 22 de junho de 2012

Nas sarjetas da Central (a miséria da poesia)

Que poesia há na sarjeta?
Das calçadas que você brota
Ao jardim em que floresce
Há muitas respostas entre mendigos e transeuntes

Nas sarjetas da Central do Brasil
Eu sou o lixo, eu sou a sombra, eu sou o pó
Eu sou a verdade que ninguém quis ver
No seu subconsciente eu sou você

Olhando para cima você nunca me verá
Pois no chão que você pisa eu deito
Mas saiba que o ciclo não termina em você
E que minha miséria, um dia, atingirá seu peito.



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