sábado, 22 de agosto de 2009

Após a mutação

O foco muda novamente:
Há alguma coisa em nosso caminho.
Nós já não sabemos
para onde ir,
mas continuamos indo.
Há terra em nossas calças
e lama em nossos sapatos,
São pedaços contando a história
de onde passamos,
Pois hoje caminhamos
no asfalto, descalços.
Daqui pra frente nunca mais
seremos os mesmos.
Não importa quem amamos
ou quem nos ama,
Nunca mais amaremos desse jeito.

Fotografias são mesmo
um rápido trasporte para o passado.
Mas os freios...
...não são tão bons,
Ficamos sempre enferrujados.

Não é crível?
Experimente então, explorar o mundo
que há fora do limite dos seus olhos.
Deixe para trás seus amores e desejos,
Deixe seus hábitos e seus medos.
Ao voltar para casa
ainda amará a mesma mulher,
Ainda poderá desejar ter um filho com ela,
Talvez ainda veja televisão aos domingos,
mas não temerá mais o desconhecido.
Você vai querer navegar por ele.
Ouvir o que a imortalidade tem a lhe dizer,
E então não viverá mais do mesmo.

São os homens que fazem a história.
São as histórias que fazem os homens.
Os próximos dias são páginas em branco,
e quando não há mais páginas
a terra nos come.

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