Esta é a história do homem preto
que causa convulsão no centro de conhecimento
da supremacia dos brancos.
o homem preto não acredita no racismo,
ele combate.
o homem preto não quer capital,
ele quer a revolução.
o homem preto
contra todo tipo de opressão.
os inimigos não acreditam no homem preto
por que o homem preto é perigoso ao poder.
eles querem um motivo para matá-lo.
procuram na casa do homem preto,
não encontram nada.
procuram na família do homem preto,
ninguém diz nada.
procuram na postura do homem preto,
mas esta é cristalina como a água.
mas o inimigo é astuto,
quer a cabeça do homem preto,
então usa a arma do oprimido
feita para se defender do homem branco,
para atacar, advinha quem,
o homem preto.
o capitão do mato forjava motivo
pra levar o preto pro tronco,
a polícia forja motivo
para levar o nosso povo pra cela,
o patrão conspira baixinho
para manter o homem preto na favela,
e mesmo vencendo essa vida
de mazelas,
novamente forjam motivo
para matar a dignidade
do homem preto,
e dizem que ele furou
o mandamento que a preta nagô, sua vó,
lhe ensinou:
"trate toda filha de Nanã com amor"
mas o homem preto é FORTE.
Olorum Ekê!
filho do Povo de santo FORTE!
Kaô Cabecilê,
Xangô, pai da justiça
quem conta contigo, não conta com a sorte.
sexta-feira, 27 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Panelas mudas
Olhos dóceis na TV
enquanto a vacilação
do golpista jorra.
a trama vazou
fazendo emergir o esgoto
na avenida Paulista
vazia.
Panelas mudas
em Copacabana,
mas em Costa Barros
os canos assassinos
continuam a berrar,
atravessando carros populares
e órgãos, e ossos, e sonhos
de famílias inteiras
Panelas mudas
para a miséria,
para a mentira,
para a omissão.
Panelas mudas
para a tarifa à 3,80,
para o encarceramento da juventude,
para a genocídio do povo preto.
Panelas mudas,
por que o que era mal
passou,
e por que o silêncio é
um privilégio
de classe.
enquanto a vacilação
do golpista jorra.
a trama vazou
fazendo emergir o esgoto
na avenida Paulista
vazia.
Panelas mudas
em Copacabana,
mas em Costa Barros
os canos assassinos
continuam a berrar,
atravessando carros populares
e órgãos, e ossos, e sonhos
de famílias inteiras
Panelas mudas
para a miséria,
para a mentira,
para a omissão.
Panelas mudas
para a tarifa à 3,80,
para o encarceramento da juventude,
para a genocídio do povo preto.
Panelas mudas,
por que o que era mal
passou,
e por que o silêncio é
um privilégio
de classe.
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