domingo, 2 de fevereiro de 2014

O dia em que o morro descer e não for carnaval

Esses samples e esse jazz
Os batimentos nos meus pés
Abafando o som gelado
Do peito dos infiéis
Somos filhos do revés
Nossos dedos sem anéis
Não carregam alianças
Entre o meu gueto e os seus cartéis.

A emoção também faz parte
O morro transborda arte
No seu peito o medo arde
Eles nos tratam como as FARC
Há sempre fogo, e há combate
Há sempre fé e ninguém se abate
Wilson das Neves é Nostradamus
Ele tá certo e você sabe.

A revolução não tem jornal
Ou emissora oficial
O morro desce e faz da rua
Caminho pro arsenal
Não existe bem e mal
Neste juízo final
No dia em que o morro descer
E não for carnaval.