terça-feira, 19 de maio de 2009

Se existe um destino...

Às vezes acho que é melhor parar,
Mas meu espírito me obriga a continuar
Às vezes parece que vou me acomodar,
Mas tenho milhões de motivos pra me indignar.

Os milhões que eles ganham, por exemplo,
Enquanto crianças choram a falta do alimento,
E a hipocrisia que assola minha nação,
E tanta gente sem alma e sem coração.

Não posso parar,
Vai contra minha essência,
Vai contra meu ideal,
É minha penintência...

Lutar eternamente contra um inimigo invísivel
O qual nós vemos o efeito, mas a causa é dificil,
Contra um sistema que teima em se esconder
Nas mentiras dos livros, na ideologia da tv.

Não odeio os poderosos
Aliás, tenho pena deles,
Eles vivem para um sistema
Que tira o melhor deles.

Que embrutece suas almas,
E os fazem explorar seus próprios irmãos,
Eles não podem ver isso
Por isso está em nossas mãos.

Não vamos mais esperar de cima
Que façam algo por nós,
Nós somos os autores dessa obra
Não podem mais calar nossa voz.

Andando perdido mas seguindo você

Eu andei sozinho pelas ruas escuras
Nessa cidade fantasma eu não vejo a lua
Eu cantei por aí ressuscitando velhos sonhos
E vi de novo seus rostos risonhos.

Eu roubei outra vez, pois não tinha o que fazer
E por sorte, outra vez, encontrei você
Nunca matei você nem te tirei dos meus planos
Na verdade você sabe o que está nos matando.

Enquanto estamos esgotados eles vão sorrindo
Será que não percebem para onde estamos indo?
Eles querem sempre mais, e nós damos sem saber
Será que não percebem que vamos morrer... sozinhos?

Obrigado pelas memórias que não são tão boas,
Eu sempre tiro algo útil do que mais me enjoa
Eu prefiro estar só mesmo sentindo medo
Eu me sinto mais humano estando comigo mesmo

Eu olhei outra vez e vi milhões de soldados
De nações diferentes, de diferentes lados...
Eu sou escravo na vida! Isso é o que acontece.
Então encontre meu fim e me liberte.

Enquanto estamos esgotados eles vão sorrindo
Será que não percebem para onde estamos indo?
Eles querem sempre mais, e nós damos sem saber
Será que não percebem que vamos morrer... sozinhos?

Eles estavam perdidos e eu podia ver,
Eu estava sozinho mas sabia o que fazer.
Me dê asas... eu nasci para voar!
Ou me dê um arma... mas eu não sei matar!

Apesar de que tudo se aprende...

E mesmo não levando nada
Eu vou seguir em frente,
E você mesmo cansada
Vai viver para sempre.

domingo, 17 de maio de 2009

Água em pó???????

"Eu - moço , aonde tem agua em pó?
vendedor - a agua em pó ? fica entre a seção de congelados e os potes de haggen daz
Eu - ah valeu mesmo . mas o que eu adiciono mesmo pra fazer a agua ?
vendedor - ...
Eu - ...."

Conversa inteligente entre eu e um empregado do mercado zona sul

Texto sem pé nem cabeça tirado da imaginação de amigo sem noção (Filipe Herrero)

3 horas da tarde

Céu azul, Sol, roupa no varal,
O som das crianças brincando
E espantando o mal.

Aquela viola me soa como uma arpa,
Anunciando a minha entrada no céu
Ou só minha volta para casa.

Cede de água, Cede de paz!
Mergulhando na tranquilidade relativa
E na nostalgia que este dia me traz.

Até quando eu vou deslizar,
De um lado para o outro,
Longe do que a vida pode me dar?

Sinto que antes da noite cair
Eu vou cair
E se eu não me levantar me deixe por aí.

Vivendo mais um dia solitário
Mas muito menos solitário
Do que qualquer outro dia da minha vida.

O melhor de mim

É como procurar um diamante na lama,
Acreditar quando você diz que me ama
E que tudo vai ficar no lugar.

É como não achar estrelas no céu
E desenhá-las em um papel,
Só para não te ver chorar.

É como um nobre sacrifício,
Para mim já não é difícil,
Cortar as veias para te ver ficar.

E ver aquele seu sorriso sínico
Que já tanto me fez chorar,
Mas que ainda sim eu teimo em amar.

Me dê de novo, e de novo,
Eu não me canso de olhar,
E não me importo com o preço a pagar.

E se eu pedir para parar
Não me dê misericórdia,
Eu não quero acordar.

Você está pegando fogo
E me chamando para dançar,
Vou me queimar mas não precisa esfriar.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Alguém de pé num mar de gente ajoelhada

Venho navegando e cantando,
No Mar da Acomodação vou entoando
O hino da insatisfação que traz
O nobre sentimento de quem faz.

E nesse mar de rotina
Não tenho rota definida
Mas com um pouco de fadiga ao andar,
Na estranha calmaria deste mar.

Uns navegavam para lá,
Onde não há com que se preocupar,
Onde não há por que mudar,
Onde ninguém vai se questionar.

E eu de pé aqui, livremente
Indo ao encontro da tempestade
Entrando no olho do furacão
E espalhando minhas sementes

Sou eu,
Alguém de pé num mar de gente ajoelhada,
Alguém dando topada
E aprendendo com a solidão
De ser único.

Seguindo em frente,
Andando docemente,
Jogando minhas sementes
Para que eu viva para sempre.

domingo, 10 de maio de 2009

Trocando uma idéia com Deus

Ah! Se eu pudesse mudar de postura
Não usaria mais sapatos,
E sentiria o chão com os pés.

Ah! Se a vida já não fosse certa
Se não vivessemos tão errado,
Fazendo tudo o que o sistema quer.

Deus, ela pede a você o perdão,
Por eu não te chamar de Senhor
E não se curvar aos seus pés.

Mesmo sabendo que estou ligado a você
Por um laço eterno e fiel,
Eu nasci para resistir ou morrer.

O que está tirando o melhor de nós?
O que me deixa tão perto de você,
E tão longe de saber o que é?

O que você quer então de mim?
Eles não podem estar certos
Se estiverem morarei no inferno
E não me curvarei a ninguém.

Vejo uma outra vida eterna,
Que nem você pode me dar
A dádiva de não ser esquecido
E só morrer quando a humanidade acabar.

Me desculpe se vou contra você
É que você parece tão mal para mim
E parece tão bom para eles.

E minha verdade parece tão mais atraente,
Do que a verdade que foi escrita
Há 2009 anos atrás.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Às vezes

Hoje é o dia em tudo vai voltar pra mim
Eu só queria que o que eu já fiz por você
Também voltasse assim
Nós então, nos fizemos de estranhos
Nos últimos tempos.
Eu sempre tive algo a te dizer sem saber como
Eu lamento!

Pelas ruas da cidade eu ando até me perder
Sem me lembrar de mais nada.
De algum modo lembrando de você
No caminho de casa.

Se seu caminho de casa era tão longo
Quando nós íamos juntos.
Eu não sei o que eu quero dizer
Mas sei que é tão profundo.

Que às vezes
Você ouvia minhas frases
Sem eu não dizer nada.
E talvez...
Esses gestos tão fortes
Dizem mais que as palavras
Que eu queria te dizer
Sem saber
Pena que um dia vamos esquecer.

O que mais se espera
Quando não há mais o que dizer
Virar as costas um pro outro
E esquecer dói demais.

Meus olhos pareciam sangrar
Quando eu cortei minhas veias
Pra você ficar.
Por que havia eu ainda queria
Saber o que nós somos
Mas não sabia como.

Por que às vezes
Você ouvia minhas frases
Sem eu não dizer nada.
E talvez...
Esses gestos tão fortes
Dizem mais que as palavras
Que eu queria te dizer
Sem saber
Pena que vamos esquecer.

Egoísmo

Quanto vale nossas vidas?
Nesse leilão de almas velhas
Amaremos nossa pátria
Somos o futuro da nação,
Faremos com nossas próprias mãos.

No desespero já não olhamos mais para o céu
De pés descalços no asfalto cruel
Onde pisar em sangue é normal
Aprendemos a ignorar,
Não olhar!

Desde pequenos aprendemos a ser hipócritas,
E a trabalhar para ficar rico,
Mas poucos ricos trabalham...
Mesmo assim vamos fazer nosso trabalho
Como se não houvesse nada errado.

Nossa nação zumbi, sempre controlada
Por vampiros egoístas.
E nesse show de horrores
Sempre maquiamos heróis de terroristas sem saber.

Me tiraram o que eu não tinha
Quando me obrigaram a vender minha liberdade
atrás das grades e cadeados
Não estou seguro de verdade,
Pois não estou seguro de mim mesmo.

E assim cobramos das autoridades
Quando nos voltam as atrocidades
Que esquecemos que fizemos
Pois estamos do lado da lei.

Você esqueceu que a culpa é sua
Se a sua cidade está um caos,
Se seu país está uma zona,
Pois é fácil falar
Que Deus nunca abandona
E que tudo vai voltar para o lugar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Poetas e loucos (aos meus amigos e companheiros)

Ó mentes tão livres!
E tão modeladas pelo ideal
Marcam a hipocrisia dos poderosos
Como uma cicatriz de tecido
Nunca reparada.

É imensa a honra de acompanhá-los
Em tais andanças
E compartilhar com vocês desse ideal,
E dessa linda vista do mundo
Que só os pássaros tem
E nós homens de ideal também

Suas palavras sempre me atraem
E me fazem refletir
Vezes por serem as mais insanas loucuras
Vezes por dizerem as mais duras verdades
E principalmente por não serem normais.
Nem se encaixarem em Estado algum,
De nação alguma, de qualquer mundo hipócrita.

Dizendo não a qualquer tipo de opressão
Negando todo tipo de hierarquia
Curvando-se apenas as leis do pensamento
Às vezes nem as da ortografia.

Obrigado por serem meus amigos
Eu sinto suas presenças aqui
Confusas mas intensas,
Intocáveis, mas reais.